AS AVENTURAS DE UMA AEROMINA

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sao Paulo

Na minha escala eu tinha um bate-volta para o Cairo, seguido de outros três bate-voltas sem folga, ou seja, bad bad bad. No entanto, me ligaram por volta das 5h da manhã para me dizer que eu não ia mais para o Cairo porque haviam e colocado num vôo para São Paulo. Eu estava dormindo e achei que era uma piada de algum amigo meu  rindo da minha cara do lado do telefone depois de uma bebedeira.
Mas no fim era verdade. Chequei minha escala e realmente me deram um vôo para SP naquela manhã, que sorte! Liguei correndo para casa para avisar que eu voaria para casa.
Ando reparando que cada nacionalidade tem um comportamento típico a bordo. Como era a minha que estava em questão, não pude deixar de prestar mais atenção. Os brasileiros não são muito difíceis, ao contrário de outras nacionalidades, mas demandam muita atenção, por outro lado. Especialmente dos que falam português porque brasileiro quer  é conversar. Nesse vôo éramos eu e mais dois brasileiros, a Daniela e o Juarez e um português, o Andre. Todos muitos legais, mas apenas quatro para 356 pessoas.
O vôo é longo e brasileiro gosta de socializar. São 14 horas e meus compatriotas ficam circulando pela cabine como se fosse um parque. Ficam nas portas bebendo uma cervejinha como se fosse um bar e lotam a galley como se fosse a cozinha de casa. É verdade que brasileiro gosta de uma cozinha, mas nunca imaginei que isso acontecesse também no avião. São 14 horas com o povo indo até galley pedir um “cafezinho” e bater um papo. Achei seriamente que as xícaras iam acabar. Ainda bem que isso não aconteceu, senão acho que teríamos  problemas.
Além de comportamento peculiar, andei reparando que cada povo também tem seu cheiro e espalha ele pela cabine durante o voo. Por exemplo, francês peida que é uma beleza, indiano tem um CC insuperável e a especialidade do brasileiro é o chulé.  Isso porque assim que entra no avião, a primeira coisa que fazem é tirar o sapato. Curioso... Claude Lévi-Strauss que se cuide!
Nesse tipo de voo muito longo nós temos um compartimento de descanso com camas onde podemos dormir por algumas horas. Usei o meu tempo muito bem e apaguei assim que deitei.  Na ida e especialmente na volta.
Sobrevivi mais uma vez e feliz da vida reencontrei minha família e amigos. Comprei pãozinho fresco na minha padaria preferida, enchi a pança de pizza e arroz com feijão e “zóio”. Pena que durou pouco. Saudades.
 Nível de felicidade: *****
 Nada de hotel, dormi na minha cama que não tem nada de king size, mas que não tem igual.

3 comentários:

  1. Eita! Da próxima vez a gente se encontra! :)
    Beijo

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  2. Ótima as peculiaridades de cada nacionalidade. No geral todo mundo fede, seja de um jeito ou de outro! rsrsrs

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  3. Jú, estudei na PUC com vc e a Lú (talvez seja esta Luciana ai de cima) que me indicou seu blog. Show os seus textos!

    Bjos, Glaucia

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